Há três coisas que devem ser evitadas na vida: inimigos, ódio e bondade.

Procuro evitar os três, mas ainda não existe a fórmula da perfeição. 

Por isso vagueio por aí, entre o bem e o mal.

 

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14 de Junho de 2009

Original aqui

C'est une fête de papillons pour remerci à la belle Treza!! 

 

Simplesmente há dias em que acordamos, pensamos no que havemos de fazer para aproveitar o dia lindo lá fora, paramos meia hora no sofá da sala a pensar em nada, mas sempre a pensar.  
 
Mandamos sms, é domingo, não pretendemos ser inoportunos e acordar aqueles que encontram na cama um bom aliado do descanso. Ninguém responde. Queremos sair, ir apanhar o sol lá fora antes que fique insuportável. Ups!! Não encontramos a chave da porta de casa, uma casa que não nos pertence, não sabemos onde encontrar a chave de emergência, começamos a protestar e a pensar como é possível não encontrar uma chave que só fez um curto trajecto. Que azar!!!
 
Três bips em dois telemóveis diferentes (a modernidade tem dessas coisas), pensamos que alguém bem longe está a pensar em nós, sorrimos, respondemos ao sms e, de repente mais um, escapou-me qualquer coisa… tão introvertidos que estamos na desgraça de não encontrar a bendita chave que não não interpretamos bem a mensagem, tiveram de nos esclarecer.  
Boa, já que não tenho chave vou a net e… fico pasma a ver que alguém não só se lembrou de mim a milhas de distância mas também se deu ao trabalho de me oferecer este lindo presente enquanto andava eu a rabujar.
 
Enfim, esta estória não serve de nada a não ser para mostrar o quanto gostei da nova cara do meu petit papillon, e como é bom amanhecer com as borboletas 

 

vôo de Hildmel às 11:09

Ah...

Sinto-me grande...
14 de Junho de 2009 às 13:43

O olhar da borboleta

Com o maior dos cuidados, avançou, sorrateiro.
Um passo, depois outro, depois ainda outro.
Estranhamente, ela não fugiu, estremecendo simplesmente as asas quando sentiu o “clique” da fotografia.
O fotógrafo estava encantado. Uma “Papilio machaon” , bem ali à sua frente, a pouco mais de dois metros de distância, imóvel, com um enquadramento perfeito, um fundo de vegetação escura... e sem qualquer réstea de vento... a fotografia perfeita.
Avançou um pouco mais, disparando sucessivamente.
Fotografar borboletas – diriam uns – poderia ser uma ocupação excêntrica, um clichê banal da fotografia de natureza ( fotos bonitas, coloridas, vistosas... ) – mas nada disso o afectava. As borboletas, como aliás todos os insectos, eram seres extremamente fotogénicos, elegantes, de uma pose natural que dispensava treinos e ensaios – já haviam nascido modelos.
Aquela borboleta andorinha, como era habitualmente conhecida, com os seus dois chifres amarelados, parecia no entanto estranhamente à vontade, sem se importar com os estalidos incessantes da máquina fotográfica – quando muito, abanava suavemente as asas acastanhadas, sem sequer levantar voo.
Aproximou-se um pouco mais – não estaria a mais de dois palmos de distância.
A borboleta fechou as asas e quando as reabriu, ocupou por completo o visor da objectiva – imóvel, serena, brilhante.
Apeteceu-lhe – de a ver ali tão perto – tocar-lhe, sentir-lhe a suavidade das asas coloridas, a leveza do corpo elegante.
Resistiu à tentação.
Aprendera há muito a não invadir aquele mundo mágico que ficava do lado de lá da sua objectiva – o encanto existia para ser visto e apreciado, não para ser tocado ou possuido. Quando muito, a fotografia tornaria eterno aquele momento fugaz de contacto íntimo, em que o fotógrafo e o seu modelo se fundiam, ela a desvendar-se perante os seus olhos, ele a saciar-se com a sua beleza.
E foi então que, num daqueles raros momentos que as fotografias nunca conseguem captar, um pouco de magia aconteceu.
A borboleta soltou o ramo onde pousara e com um suave bater das asas, veio pousar sobre a máquina fotográfica.
As antenas douradas agitaram-se, as asas estremeceram e ali permaneceu, nuns poucos segundos com sabor a eternidade, ambos a contemplar-se, quem sabe – olhos nos olhos – tocando o mundo imaginário de um qualquer conto de fadas.
Finalmente, levantou voo e afastou-se graciosamente, rumo a outro punhado de flores.
O fotógrafo permaneceu, porém, ainda a apontar a objectiva para o local vazio onde já não existia nenhuma borboleta.
A fotografia que recordaria para sempre – aquela borboleta ali pousada, a poucos centímetros do seu rosto – não ficaria registada em nenhum outro local, senão nas suas próprias memórias.
Guardou cuidadosamente a máquina fotográfica no respectivo estojo.
A borboleta dourada esvoaçava ainda ali perto, em redor de outro canteiro de flores amarelas.
Olhou para ela... e sentiu, sem perceber como, que ela lhe estava a retribuir o olhar...

Bom fim de semana...
14 de Junho de 2009 às 17:19

Uma belíssima história, uma lição de vida... não capturar/captar significa, muitas vezes, sentir/ver, com maior precisão. Muito obrigada pela partilha!
15 de Junho de 2009 às 19:47

Há coisas fantásticas não há? :)
É bom teres gostado.
De tudo o que nos falta a Treza tem conseguido suplantar de uma forma tão especial que não há como agradecer o carinho.
Ela é uma verdadeira craque!
14 de Junho de 2009 às 19:41

A parte de ser craque é abuso, mas o resto é mimo do bom, e deste lado a baba escorre...

15 de Junho de 2009 às 17:58

Muito giro, não há palavras

Há dias em que nada nos corre como gostávamos, mas como somos pessoas determinadas damos a volta por cima e transformamos o que estava errado em coisas boas e belas.

Nada melhor do que uma boa surpresa

Mas acho que assim vou ficar com ciúmes oh Trezinha

Beijinhos
14 de Junho de 2009 às 22:05

Ai ai ai ai... ciúmes... e só isso já é mais mimo... e com que então estás a canditar-te a uma supresa "blóguica" ahahahah

Temos de falar sobre isso
15 de Junho de 2009 às 18:01

Hehehe... aparecem sempre os interesses escondidos, faz-te pela vida, porque afinal ela está aí ao pé Odair, só a companhia já vale a pena... para os que estão longe esses mimos são uma delícia!!!
15 de Junho de 2009 às 19:49

Petit Papillon

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